Mercado
imobiliário defende redução na taxa Selic
Juros altos prejudicam o setor que é
um dos que mais gera empregos nos país
O setor da construção responde no Brasil por 7% do Produto Interno
Bruto (PIB), 9% da arrecadação de impostos e 10% dos empregos gerados
O
mercado imobiliário por meio da Abrainc (Associação Brasileira de
Incorporadoras Imobiliárias) defende a redução da Selic (taxa básica de juros)
que foi mantida em 13,75% ao ano pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na
reunião que aconteceu esta semana. Esse patamar está em vigor desde o início de
agosto de 2022. Para a entidade, o Banco Central (BC) deveria reduzir a taxa
Selic. Nos atuais patamares, os juros altos são entraves ao desenvolvimento
econômico, social e, principalmente, à geração de empregos no Brasil.
Em
nota, a Abrainc lembra que a Selic em 13,75% inibe a realização de novos
investimentos e prejudica a vida de diversas empresas, nos mais variados
segmentos. Nos níveis atuais, a despesa com juros bancários compromete a saúde
financeira delas, que ficam impossibilitadas de crescer e com dificuldades de
arcarem com as suas despesas obrigatórias.
Ainda de acordo
com a associação, além da redução na Selic, é preciso que o BC adote medidas
que elevem o funding (captação de recursos para investimento) ao setor
imobiliário. Uma delas seria o aumento no percentual de recursos da poupança
que é direcionado obrigatoriamente ao financiamento de imóveis: dos atuais 65%
para 70%. Outra mudança importante para minimizar o atual patamar da Selic
seria a dedução dos juros do crédito imobiliário no imposto de renda.
A Abrainc
também reforça que a principal fonte de financiamento para compradores de
imóveis populares é o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que não é
influenciado pela taxa básica e lembra que a construção responde no Brasil por
7% do Produto Interno Bruto (PIB), 9%
da
arrecadação de impostos e 10% dos empregos gerados. Portanto, necessita cada
vez mais de financiamento de longo prazo a juros baixos para manter-se em
crescimento.
fonte: https://odia.ig.com.br/colunas/panorama-imobiliario/2023